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O que esperar da série “Como Água Para Chocolate”, da Max

Neste domingo (3), estreia na Max a série “Como Água Para Chocolate“, uma nova adaptação do famoso romance de Laura Esquivel, lançado em 1989. A produção mexicana conta com seis episódios e produção executiva da talentosa Salma Hayek.

Situada no início do século XX, durante os preparativos para a Revolução Mexicana, a trama acompanha Tita de la Garza (Azul Guaita) e Pedro Múzquiz (Andrés Baida), dois jovens que se apaixonam de forma arrebatadora, mas tem o romance dificultado pelas tradições da época. Pedro acaba se casando com Rosaura (Ana Valeria Becerril), a irmã mais velha de Tita, na tentativa de ficar mais próximo da verdadeira amada.

Uma história de amor e culinária

A série mergulha em um mundo de realismo mágico, onde o amor trágico de Tita e Pedro se entrelaça com tramas e personagens complexos, todos conectados pelo poder da culinária. Tita, criada por Nacha (Ángeles Cruz), a cozinheira do rancho, possui um talento especial para preparar pratos que transmitem suas emoções. A cozinha, aliás, se torna um verdadeiro personagem da narrativa, servindo como um espaço de resistência e revelando o que se passa dentro de casa em meio ao conflito armado.

Durante coletiva de imprensa virtual, Salma Hayek comentou sobre a relevância da produção, destacando a luta das mulheres para ter voz e controle sobre seus destinos. “Através dessa história, podemos ver que as mulheres mexicanas participaram da revolução! Elas precisaram defender suas casas, suas famílias, precisavam buscar o que comer… E essa foi a realidade de muitos outros países também. As mulheres, por toda sua existência, lutaram”, refletiu ela.

Protagonismo feminino em camadas

Durante a coletiva, a importância das mulheres no contexto histórico e na série foi amplamente discutida. As atrizes enfatizaram a complexidade de suas personagens, moldadas pelas normas da época, mas também tocadas por um anseio por liberdade e mudança.

Irene Azuela, que interpreta Mamá Elena, a mãe que barra o amor de Tita, ressaltou que sua figura autoritária é resultado da necessidade de criar as filhas sozinha e manter o respeito na fazenda. Já Ana Valeria Becerril, que vive Rosaura, refletiu sobre como sua personagem, muitas vezes vista como vilã, também busca aceitação e amor, presa às tradições que a limitam.

“Essas mulheres são impactadas pelo seu contexto, mas também estão vivendo suas próprias revoluções. O jeito delas conseguirem a aceitação e afeto é seguindo as tradições que são impostas pra elas. A série nos faz entender mais sobre costumes antigos e nossa própria história, fazendo assim com que valorizemos nossa liberdade atual”, disse Ana Valeria.

Um novo olhar sobre o clássico Mexicano

Com cenas icônicas e cheias de sensualidade, a série promete dar mais espaço para as personagens, revelando camadas que muitos desconhecem. “A beleza de contar essa história em vários episódios é que podemos explorar detalhes que não caberiam em um filme de duas horas”, destacou Irene.

Hayek expressou seu orgulho pelo projeto e pelo comprometimento do elenco, ressaltando que, embora a história tenha raízes mexicanas, sua mensagem é universal. Ela acredita que clássicos como esse nunca saem de moda, pois tocam em temas que afetam a todos. “Mesmo após 20 anos de seu lançamento original, vale a pena recriar uma obra assim, pois ela transcende o tempo. Sempre vamos encontrar pontos novos de importância numa história como essa. Cada geração traz sua própria interpretação, e isso é o que torna a narrativa ainda mais rica”, finalizou.

Não perca o primeiro episódio de “Como Água Para Chocolate“, disponível a partir deste domingo (3) na Max. Os seis episódios serão lançados semanalmente.

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