O Vale do Anhangabaú virou pista de dança nesta sexta (2) e sábado (3) com a edição 2025 da Time Warp Brasil, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo. Pela terceira vez em solo paulistano, o evento transformou o centro da cidade em um templo dedicado ao Techno e House com uma curadoria impecável, estrutura audiovisual imersiva e dois palcos que não deixaram ninguém parado.
Com fácil acesso pelas estações de metrô Anhangabaú e São Bento, o festival contou com operação especial de segurança e mobilidade urbana — tudo para garantir que o público chegasse e saísse com tranquilidade e curtisse a experiência por completo.
Sexta-feira: sinergia, suor e sets inesquecíveis
A abertura do festival já mostrou que o final de semana seria intenso. No Floor 1, Honey Dijon e Kerri Chandler entregaram sets recheados de história, groove e representatividade — mostrando por que são considerados lendas vivas da house music. Já Mochakk B2B Tiga trouxe uma energia explosiva à pista, em um dos momentos mais comentados da noite.
Outro destaque da sexta foi o encontro entre DJ Tennis e Marcel Dettmann, que misturaram sonoridades e atmosferas numa jornada sonora que os fãs não esquecerão tão cedo. No Floor 2, o público vibrou com Indira Paganotto e Ki/Ki, que entregaram uma sequência de peso, e com o enérgico B2B entre Tessuto e Ananda, representando o underground nacional com maestria.
Sábado: história sendo escrita ao vivo
No segundo dia de festival, a sensação era de que o melhor ainda estava por vir — e veio. O palco principal recebeu o tão aguardado B2B inédito no Brasil entre Joseph Capriati e Vintage Culture. Unindo vertentes diferentes, os dois DJs mostraram sintonia, versatilidade e domínio total da pista.
Outro nome que marcou o sábado foi Nina Kraviz, com um set carregado de intensidade e experimentações sonoras — como já é tradição em suas apresentações. Já Sven Väth, verdadeiro ícone da cena techno, presenteou o público com uma performance envolvente, recheada de vinis e narrativas sonoras que atravessam décadas.
No Floor 2, o destaque foi para Funk Tribu, que levou o público ao delírio com um som difícil de rotular — transitando entre hard groove, trance e techno com uma assinatura única. Âme Live B2B Trikk também surpreendeu, entregando uma experiência densa e refinada.
Estrutura, som e experiência
Produzido pela Entourage, a Time Warp Brasil manteve o padrão internacional da marca: estrutura impecável, sistema de som de alta definição e visuais imersivos que transformaram o Vale em um espetáculo sensorial. A ambientação dos palcos, o cuidado com a circulação do público e os detalhes de produção foram pontos altos da edição.
Mais do que um festival, a Time Warp reafirmou seu papel como catalisador da cultura eletrônica no Brasil — reunindo lendas, talentos emergentes e um público apaixonado por pista. Em dois dias, o centro de São Paulo se conectou com o passado, presente e futuro do som.
Em cada batida, luz e entrega, a Time Warp mostrou por que segue sendo referência mundial na cena eletrônica.
