O longa-metragem Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, vem conquistando um prestígio internacional notável, com vitórias significativas que marcam não apenas a trajetória do filme, mas também a valorização da produção cinematográfica brasileira no cenário global. Com a vitória nas quatro categorias em que concorria no Gold Derby Film Awards, a produção se destaca como uma das grandes surpresas da temporada de premiações de 2025.
O público, que tem se mostrado um fiel defensor da obra, consagrou o filme nas categorias de ‘Melhor Filme’, ‘Melhor Atriz’ (Fernanda Torres), ‘Melhor Roteiro Adaptado’ (Murilo Hauser e Heitor Lorega), e ‘Melhor Filme Internacional’. A vitória na categoria principal é especialmente significativa, já que Ainda Estou Aqui se tornou apenas o segundo filme de língua não inglesa a ser premiado com o título de Melhor Filme no Gold Derby Film Awards.
Emocionado, Walter Salles agradeceu aos cinéfilos pelo apoio incondicional e pela repercussão mundial da obra. “É emocionante receber esse prêmio, escolhido por cinéfilos, e um sonho ver um filme que levou sete anos para ser feito repercutindo no mundo todo”, declarou o cineasta, em um vídeo gravado para a premiação. A celebração de Ainda Estou Aqui não se limita às premiações, mas se estende à recepção do público em festivais internacionais, como o Festival Internacional de Cinema de Roterdã, onde o filme foi agraciado com o Prêmio do Júri Popular de Melhor Filme.
A produção, que se passa no Rio de Janeiro no início dos anos 70 e narra a dramática história da busca de uma esposa pela verdade sobre o desaparecimento de seu marido durante a ditadura militar, tem ressoado profundamente com públicos de diferentes países. O cineasta comentou sobre a universalidade da obra, que, embora com forte identidade brasileira, encontra eco em diversas realidades ao redor do mundo. Ainda Estou Aqui demonstra, de maneira contundente, a força do cinema nacional e a relevância da história contada, que se conecta com questões de repressão, busca por justiça e superação.
O filme também tem tido grande sucesso nas bilheteiras internacionais. Em seu percurso global, ultrapassou a marca de US$ 20 milhões em arrecadação, com destaque para os Estados Unidos, onde conquistou US$ 2,2 milhões, tornando-se o terceiro filme brasileiro de maior sucesso no território. Além disso, sua exibição segue forte na Europa, com destaque para Portugal, onde o filme liderou as bilheteiras por quatro semanas consecutivas, e na França, onde já atingiu mais de 163 mil espectadores. A aceitação na América Latina também tem sido significativa, com críticas positivas vindas do México, Chile, Venezuela e Bolívia.
Em termos de reconhecimento de crítica, Ainda Estou Aqui também se destaca. No Metacritic, o filme recebeu o selo “Must See”, uma honra compartilhada apenas por outros três títulos indicados ao Oscar de Melhor Filme. Em plataformas como Rotten Tomatoes e Letterboxd, o filme brilha com impressionantes 96% de aprovação da crítica e 98% de aprovação do público no primeiro, e 4,4 estrelas de 5 na segunda.
O filme, que se baseia no livro de Marcelo Rubens Paiva, é um retrato da luta pela verdade e pela justiça durante um período sombrio da história brasileira, mas, paradoxalmente, carrega uma mensagem de esperança e resistência que reverbera em todo o mundo.
Nas próximas semanas, “Ainda Estou Aqui” concorre em outras três premiações:
- 13/02 – Dorian Awards: Melhor Filme em Língua Não Inglesa do Ano
- 17/02 – Latino Entertainment Film Awards: Melhor Filme; Melhor Diretor (Walter Salles); Melhor Atriz (Fernanda Torres); Melhor Roteiro Adaptado (Murilo Hauser e Heitor Lorega); Melhor Filme em Língua Não Inglesa; Melhor Fotografia (Adrian Teijido); e Melhor Montagem (Affonso Gonçalves).
- 23/02 – OFTA Film Award: Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz (Fernanda Torres)
