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CRÍTICA | RUA DO MEDO: 1666 – PARTE 3 O FIM DO MISTÉRIO É DE TIRAR O FÔLEGO

ATENÇÃO! Este post contém SPOILERS do último filme da trilogia Rua do Medo

Com direção de Leigh Janiak, o terceiro filme da trilogia Rua do Medo, chegou na plataforma nesta sexta-feira (16) e trouxe a resolução do mistério que temos acompanhado por três semanas.


Diferente dos outros filmes, aqui voltamos ao ano de 1666 e vamos descobrir mais sobre como a maldição começou e, também, conhecer a grande Sarah Fier.


Durante os outros longas, somos levados a acreditar que estamos no caminho certo para desenrolar essa história, mas até para os mais observadores, o último filme é um plot de arrepiar e chocar o telespectador.


Esse último capítulo é uma pegada bem mais séria, sem muito espaço para piadas. Em contrapartida, o interesse em saber a história de Fier não nos permite deixar a peteca cair, assim como a direção não deixou.


O Enredo


Aqui é possível ver vários rostos vistos nos outros dois filmes, já que Deena (Kiana Madeira) está vendo tudo pelos olhos daquela que foi definida como A Bruxa.

Sarah Fier morava em uma pequena aldeia, e como cultura da época, a religião era forte, assim como o preconceito e o machismo.


Durante uma noite de festa que os jovens da época estavam organizando, Sarah Fier (aqui interpretada por Kiana Madeira) e suas amigas, vão até a casa da mulher viúva (Jordana Spiro) para conseguir alguns frutos.
Enquanto as outras procuram pelos frutos, Sarah encontra um livro com alguns feitiços e acaba lendo uma parte. A viúva aparece e diz que Satã estará sempre com Sarah e para ela ter cuidado.


Durante a festa, Hannah Miller (Olivia Scott Welch) e Sarah tem um momento de romance, mas naquela época, os relacionamentos homoafetivos eram considerados um pecado na visão dos religiosos.


Graças ao bêbado Thomas (McCabe Slye), toda a cidade fica sabendo do momento íntimo das garotas e, para piorar, algumas coisas estranhas começam a acontecer na aldeia.


O padre da região, que é pai de Hannah, começou a agir de forma estranha, e assim como nos outros filmes, moscas estão em volta, deixando claro uma possessão.
Além de frutas estragando, insetos aparecendo e uma porca comendo os seus filhotes, o padre arrancou os olhos de 12 crianças, incluindo o irmão da Sarah.


Quando o boato de bruxaria começa, a atenção se volta para as meninas que se beijaram na noite anterior, e elas se tornam o alvo principal.


Sobre o Plot Twist


Enquanto Sarah foge, ela consegue se encontrar com seu amigo Solomon Goode (Ashley Zukerman), mas acaba descobrindo que o verdadeiro culpado da bruxaria que amaldiçoou a aldeia foi o próprio Solomon.


Para quem ainda não ligou os pontos, Solomon Goode é um ancestral do Xerife Goode, de 1994. O feitiço é feito de geração em geração, então durante 300 anos, ela foi “renovada” por um Goode.


O que explica porque em 1978, durante o massacre no acampamento, ele não contou a verdade sobre a maldição, já que ele próprio era o culpado.
A partir daí, Sarah corre para tentar salvar a própria vida e tentar tirar Hannah das mãos daqueles que querem matá-la.


Em uma luta emocionante com Solomon, ele acaba cortando a mão de Sarah mas ela consegue escapar, mas não por muito tempo.

Goode entrega Fier para os cidadãos e ela admite que enfeitiçou Hannah, para livrá-la de ser enforcada. Mas antes de morrer, Sarah jura à Goode que o perseguirá por toda a eternidade, e vai mostrar a verdade para quem encontrá-la.


Opiniõés Finais


A trilogia foi uma grande aposta da Netflix, entregando um filme por semana e deixando o telespectador ansioso para um passo a mais.
“Rua do Medo: 1994” trouxe de volta o filme trash de terror, que nos fazia torcer pelos personagens e até mesmo, se apegar com eles.


Já no segundo filme, “Rua do Medo: 1978”, a história se leva mais a sério, mesmo a gente rindo em diversos momentos.


O último filme da trilogia é uma coisa completamente diferente, mas que encaixa perfeitamente nas outras duas histórias, dando sentido e amarrando todas as pontas soltas.


No fim de “Rua do Medo, 1666”, voltamos para uma segunda parte de 1994, então Deena, Josh (Benjamin Flores Jr.) e C. Berman (Gillian Jacobs) se juntam com o faxineiro do shopping Martin (Darrell Britt-Gibson) para deter o Xerife.


O final é intenso, a luta é emocionante e, quando acabamos o filme, estamos em êxtase e ao mesmo tempo, aliviados por finalmente essa maldição acabar.


Até que alguém rouba o livro de feitiços, o que claramente, é uma cena esperada para gerar uma emoção em quem acompanhou todos os filmes.
Esse último filme traz uma visão sobre como a religião pode cegar, como as relações LGBT+ eram vistas como algo totalmente punível, e a sensação de empatia com quem está sofrendo é predominante.


Destaque


Deixando uma menção honrosa para a direção de Leigh Janiak, que conseguiu dirigir os três filmes e nos trouxe essa adaptação incrível.


O terceiro filme, Rua do Medo: 1666, já está disponível no catálogo da Netflix. Confira o trailer abaixo:

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