O DJ belga Yves V destaca-se como um mestre das batidas contagiantes e atmosferas eletrônicas arrebatadoras. Então porque não começar o ano com essa energia? O músico esteve em São Paulo, em dezembro, para encerrar 2023 e dar início a mais um ano empolgante. “O Brasil é sempre, sem dúvida, um dos meus lugares favoritos para visitar”, comentou.
O DJ não escondeu sua admiração pelo país e o público brasileiro: “Tenho uma grande ligação com o Brasil!”. Ele mencionou ainda sua ligação com alguns artistas locais, como ALOK. “Ele é um produtor e DJ incrível que realmente faz isso como ninguém e meu relacionamento com a cena é algo de que me orgulho muito,” comentou em entrevista ao NB.
Em um bate-papo exclusivo, adentramos os bastidores da cena eletrônica, mergulhando na mente criativa de Yves, mestre na arte de unir sons e emoções. Falamos ainda sobre suas parcerias e autenticidade artística, além da exploração da diversidade de seu som e evolução musical ao longo dos anos.
Confira a conversa abaixo:
Você lançou recentemente o single “Time After Time”. Existe alguma abordagem específica para manter a autenticidade artística e, ao mesmo tempo, atender às expectativas dos ouvintes?
Yves: Acho que, para qualquer artista, é um ato de equilíbrio, mas o mais importante é acreditar em si mesmo e no projeto dos artistas com os quais você está trabalhando, para entregar algo que o público, com sorte, vai gostar! Com o ‘Time After Time’, eu, Marco Nobel e Regi realmente queríamos criar algo que atraísse os amantes da música com um senso de familiaridade – portanto, aqui estamos sendo criativos com a reinterpretação das letras clássicas – mas trazendo isso para um público totalmente novo. Com esse lançamento, foi algo rápido, mas também delicado, emocional, mas também pronto para funcionar em uma pista de dança para animar os festeiros. A recepção tem sido incrível até agora!
Como você aborda a diversidade de estilos da música eletrônica? Há algum gênero específico que você mais gosta de explorar?
Yves: Eu costumava tocar muitos sons no estilo big room e EDM, mas, à medida que meu som foi evoluindo, passei a me dedicar muito mais ao território do house em todas as suas diferentes formas. Sinto que minha música nos últimos anos tem sido um retrato disso, do deep house ao progressivo e à dance music mais pop, mas em minhas apresentações toco uma grande variedade de gêneros – nada está fora dos limites!
Sobre suas parcerias, como essas conexões contribuem para sua expressão artística?
Yves: De uma maneira muito importante. Sempre gosto de colaborar com outros produtores e artistas no estúdio, sempre há um novo ângulo a ser encontrado e explorado, e cada colaborador tem maneiras diferentes de pensar e pode trazer coisas diferentes para a mesa.
Você se apresentou no Tomorrowland Brasil em 2023 e agora retornou ao país para encerrar o ano. Como foi entrar no ano novo com a energia brasileira?
Yves: O Brasil é sempre, sem dúvida, um dos meus lugares favoritos para visitar! Não apenas como artista musical, mas também pessoalmente! O país e suas cidades incríveis têm tantas lembranças maravilhosas para mim e os fãs são sempre tão acolhedores – e com certeza sabem como festejar!
Qual é a sua conexão com a música brasileira? Você consegue imaginar como seriam suas músicas se tivesse nascido no Brasil? Haha
Yves: Tenho uma grande ligação com o Brasil! Artistas brasileiros, incluindo ALOK, cuja gravadora CONTROVERSIA também lançou meus trabalhos, é um produtor e DJ incrível que realmente faz isso como ninguém e meu relacionamento com a cena é algo de que me orgulho muito. Se eu tivesse nascido no Brasil, imagino que ainda estaria fazendo música eletrônica, mas com um toque mais sulista e latino-americano, em vez de uma influência mais europeia. Sinto que o Brasil realmente engloba uma vibração calorosa, convidativa e de alta energia, com muitas influências diferentes de todo o país.
Como você descreveria a interação com o público brasileiro durante sua apresentação? Há alguma diferença notável em relação a outros públicos ao redor do mundo?
Yves: Eu diria que a variedade de estilos que posso tocar, o público brasileiro é sempre acolhedor para dançar e nunca se intimida, isso é certo! Eu diria também que o calor e o entusiasmo do público é algo que sempre noto, é um dos melhores lugares do mundo e mal posso esperar para voltar.
Estamos vendo a música eletrônica se expandir para vários ritmos, como o reggaeton e até mesmo o funk brasileiro. O que você acha das tendências atuais da música eletrônica? Como você vê o futuro desse gênero e das inovações tecnológicas?
Yves: A música e, especificamente, a dance music, sempre foi inclusiva, com espaço para todos, portanto, ver muitas dessas vertentes da música eletrônica se destacando é algo positivo que todos podem aproveitar. Quando falamos de inovações tecnológicas, sempre vi o uso da acessibilidade como algo muito positivo, permitindo que mais pessoas e artistas possam criar música, seja por diversão ou por quererem entrar no mercado profissionalmente. Já estamos vendo seus efeitos e como o setor vai lidar com isso nos lançamentos comerciais, bem como nos aspectos legais e éticos, como algo que só vai crescer.
Quais são seus próximos projetos?
Yves: Muitas músicas novas chegando em 2024 e também estarei em turnê, então espero vê-los em um show em breve. Mantenham-se atualizados em minhas mídias sociais para saberem de todas as novidades 🙂
Obrigado por nos receber e fique à vontade para deixar uma mensagem para os fãs brasileiros. Estamos ansiosos para vê-lo no próximo Tomorrowland!
Yves: Obrigado por me receberem de braços abertos como sempre, Brasil. Nos vemos em 2024!
Yves sabe como conectar-se com fãs ao redor do mundo e deixar uma impressão duradoura na cena eletrônica.
Ouça suas novas músicas e remixes abaixo:
