Após um período de pausa em sua carreira, FTampa está de volta ao cenário da música eletrônica com força total. O convite para se apresentar na Tomorrowland Bélgica, um dos maiores e mais prestigiados festivais do mundo, representa não apenas o retorno de um dos maiores nomes da cena eletrônica brasileira, mas também o renascimento de uma nova fase para o artista. Em uma entrevista exclusiva, ele revela como esse convite chegou e o que podemos esperar dele daqui pra frente.
O retorno de FTampa à Tomorrowland:
Felipe, mais conhecido artisticamente como FTampa, foi o primeiro brasileiro a se apresentar no Mainstage — o palco principal do maior festival de música eletrônica do mundo, o Tomorrowland. Quando o convite para se apresentar no Tomorrowland Bélgica chegou, FTampa confessa que nunca imaginou que esse momento chegaria. Ele havia decidido dar uma pausa na carreira para cuidar de seu bem-estar mental e não tinha planos de retornar. No entanto, o convite para se apresentar em um dos maiores festivais do mundo se tornou um divisor de águas em sua vida. “Esse convite me deu força e me mostrou que ainda estou aqui, que posso lançar novas músicas e ser feliz novamente fazendo o que sempre amei”, compartilhou ele, revelando que sua volta ao universo da música vem agora com um novo propósito.

Ao invés de se preocupar excessivamente em agradar ao público, FTampa decidiu se reconectar com sua essência e criar músicas sem pressões externas. “Voltei a fazer músicas sem me ultra preocupar em agradar, e é isso que planejo fazer daqui pra frente. Meu foco é ser feliz com o que estou criando”, completa. Para sua performance na Tomorrowland, o DJ promete levar aos fãs uma experiência inovadora e inesquecível, conectando seu passado com a energia atual que o impulsiona.
A Conexão entre Artistas: Influências e colaborações
A Tomorrowland é, sem dúvida, um dos maiores pontos de encontro para grandes nomes da música eletrônica. Tampa compartilha que, embora tenha se afastado por um tempo, ele nunca deixou de acompanhar as novidades da cena. Isso, para ele, tem sido fundamental para a evolução de seu som. “Meu som hoje é uma mistura de toda essa evolução da música eletrônica. Eu colaboraria com qualquer artista que combinasse com meu estilo”, explica.
Ele também destaca a importância das trocas no ambiente de festivais como a Tomorrowland, onde é possível ver os colegas de cena e entender, ao vivo, o que está rolando de novo na música eletrônica. Essas trocas, segundo ele, sempre resultam em ótimos resultados. “Ali no festival, você vê todo mundo pessoalmente, vê o que está rolando de novo e isso sempre traz ótimos resultados. Essa troca de experiências acaba influenciando diretamente meu trabalho e pode resultar em colaborações futuras”, diz FTampa, demonstrando a importância de estar imerso nesse ambiente criativo.
O Alter Ego secreto do artista
Pra quem não sabe, O DJ tem um alter ego, uma experiência secreta que ele tem explorado em busca de se reinventar como artista. “Eu tive um projeto secreto bem diferente e toquei em alguns festivais, mas era uma coisa que eu estava buscando para me encontrar de novo”, explica. Ao longo dos anos, o estilo de FTampa passou por várias transformações, e ele admite que tem experimentado estilos diferentes, mas agora prefere lançar algumas dessas experiências sob outro nome. “Eu acho que mudei muito o estilo do FTampa ao longo dos anos“, confessa.
O mundo da música eletrônica aguarda ansioso para ver o que FTampa ainda tem a oferecer — e, com certeza, ele trará algo único, inovador e, como sempre, com muita energia.
Confira a entrevista complexa abaixo:
O convite para se apresentar na Tomorrowland Bélgica marca um momento importante na sua trajetória. Ao receber a notícia, você esperava por esse retorno ou havia alguma insegurança sobre como a sua volta ao festival seria recebida? De que maneira você pretende tornar sua performance inovadora e inesquecível para esse tão aguardado retorno?
Ftampa: Na verdade, eu não esperava o convite. Eu decidi parar a carreira para cuidar da minha saúde mental e não pensava em voltar. Esse convite me deu força e me mostrou que eu ainda estou aqui, que posso lançar músicas e ser feliz de novo fazendo o que sempre amei. Voltei a fazer músicas sem me preocupar excessivamente em agradar, e é isso que planejo fazer daqui para frente.
A Tomorrowland sempre reúne grandes nomes da cena eletrônica, mas também é um lugar de reencontros. Quem você considera essencial no seu círculo de conexões musicais e como essas trocas influenciam sua visão criativa? Além disso, você acredita que essa troca de experiências em festivais de grande porte como esse resulta diretamente em colaborações futuras ou na evolução do seu próprio som?
Ftampa: Por mais que eu tivesse parado, eu não deixei de ouvir as novidades e hoje o meu som é uma mistura de toda essa evolução. Eu colaboraria com qualquer artista que combinasse com meu estilo. Ali no festival, você vê todo mundo pessoalmente, vê o que está rolando de novo e isso sempre traz ótimos resultados.
Podemos criar expectativas sobre a Tomorrowland Brasil? Como você enxerga a importância do retorno longevo do festival ao nosso país para a cena eletrônica?
Ftampa: Eu acho essencial para o Brasil a Tomorrowland. Hoje, os DJs daqui têm medo de arriscar um som diferente e não pegar no Brasil. O festival traz para a galera a força que falta para tentar algo diferente e sair da mesmice. Eu sempre apoiei e sempre vou apoiar inovações.
Você mencionou que tem um projeto paralelo… Quais são os maiores desafios e estratégias para manter uma identidade musical consistente por trás de um alter ego? E como você gerencia a promoção e o marketing da sua música quando usa esse pseudônimo?
Ftampa: Na verdade, eu tive um projeto secreto bem distinto e cheguei a me apresentar em alguns festivais. Era uma busca pessoal para me reencontrar como artista. Ao longo dos anos, o estilo do FTampa mudou bastante, e como eu gosto de explorar diversos estilos musicais, hoje prefiro lançar com outro nome. Eu já tinha um novo projeto pronto, mas quando surgiu a oportunidade de voltar, decidi dar uma pausa e esperar um pouco.
Com o retorno ao estilo mais pesado do EDM, você acredita que a cena de ‘EDM porrada’ ainda tem espaço para inovação, ou estamos em um momento de resgatar as raízes dessa sonoridade? Quais elementos você está buscando resgatar ou reinventar na sua música para trazer algo novo, mesmo dentro dessa energia mais crua e intensa?
Ftampa: Eu acredito que a cena precisa de uma inovação, pois a música evoluiu e não dá para voltar ao que era. No entanto, os breaks emocionantes e os drops cantados são elementos que sinto falta e que quero trazer de volta. Acho que, ao resgatar as raízes e atualizar o som, a coisa anda. Bora!!!!