Por: Larissa Ribeiro
O novo filme natalino da Netflix teve a sua estreia na última semana.
Contando com nomes conhecidos, como Nina Dobrev, Darren Barnet e Jimmy O’ Yang, a trama traz algo divertido e que propõe algo mais diferenciado, porém, o filme apenas usa da mesma fórmula que muitos outros.
Aqui, acompanhamos a vida amorosa desastrosa de Natalie (Dobrev) que trabalha contando sobre como os seus encontros sempre acabam de forma desastrosa, o que parece ocorrer com bastante frequência.
No entanto, Nat não desiste de encontrar o cara perfeito e investe no Tinder para isso, até que ela conhece alguém, porém, ela nunca viu o cara pessoalmente. Duas semanas conversando e ela decide surpreendê-lo, porém, ao invés de encontrar Tag (Darren Barnet), ela dá de cara com Josh (Jimmy O’ Yang) que, com certeza, não se parece com o personagem de Barnet.
A trama diverte, coloca elementos sempre com um propósito e, não para apenas descartá-las depois, no entanto, sua fórmula pode estar um pouco gasta, o que decepciona com a proposta de algo diferente e, ao mesmo tempo, confortável.
O grande destaque vai para a atuação de Nina, que conhecemos desde The Vampire Diaries, e sabemos o talento que essa mulher tem em encarnar personagens bem mais diversos.
Diferente de Elena Gilbert ou Katherine Pierce, Natalie é uma mulher com problemas reais, o que agrada os olhos, uma vez que ela também possui as suas incertezas e amores desastrosos.
Já Jimmy se destaca pelo seu carisma. Mesmo sendo tímido, seu personagem “Josh” ganha os corações com seu carinho, seus comentários sensíveis, brincadeiras e até seus hobbies conseguem um espaço. Ele não é o padrão que geralmente é adaptado em filmes de romances clichês, mesmo que ele tenha sido colocado neste papel, que desempenha com excelência.
O maior problema é visto pela falta de química entre ela e Jimmy, que (SPOILER) se tornam o endgame. O roteiro trabalha para que Nat se apaixone por Josh, mas o maior sentimento que o telespectador pode ver é de amizade, não se importando em mostrar uma relação que seja mais forte e mais crível para quem está assistindo.
Outro fator que pode incomodar é o fato do personagem Tag ser utilizado como um objetivo, mas sem dar um final digno ao personagem. Ele é descrito como um cara popular e que tem diversas mulheres atrás dele, mas não existem outros fatores que provem isso a não ser o “padrão” de beleza que ele possui.
Apesar de tantos pontos que foram aqui abordados, “Um Math Surpresa” é um filme que preenche o coração. Não procura ser diferente, mas sim, divertir quem gosta de um bom clichê de natal. Ele traz personagens diferentes, mas com um toque que já conhecemos, mas que não é um problema para quem busca se distrair e dar boas risadas com o episódio do kiwi ou do encontro radical.
“Um Math Surpresa” já está disponível no catálogo da Netflix!