CRÍTICAS FILMES E SÉRIES

Crítica | Sex/Life: Trama segue assuntos que geram intriga, mas não passa disso.

Série que aborda vida sexual de uma mãe ficou em alta no catálogo da Netflix.

Nos últimos anos, o sexo foi um tema abordado em diversas produções cinematográficas, mesmo que não tenham um aprofundamento mais interessante nos personagens, como Cinquenta Tons de Cinza, o famoso e polêmico, 365 DNI, e até mesmo After.


Na última sexta-feira (25), a Netflix lançou uma nova história erótica, contada em oito capítulos e que, no início, parece ser uma aposta interessante para se trabalhar.


Além da tensão sexual, que é explícita pela protagonista e seu ex-namorado, a trama segue alguns assuntos que geram uma intriga mas que não passa disso.


Premissa da série
Quando começamos o primeiro episódio, já podemos ver que tem alguma fórmula ali que pode ser considerada a mesma que foi utilizada em muitos livros young adult.


Billie, interpretada por Sarah Shahi, é uma mulher casada com Cooper (Mike Vogel), com dois filhos pequenos e uma sede insaciável de sexo. Porém, seu marido já não oferece o fogo que ela teve 8 anos antes com o ex, Brad Simon (Adam Demos).


Por conta de sua frustração sexual, o começo do piloto é narrado por Billie, que conta o quão esquecida ela foi após dar à luz, o que seria um debate de ouro para a série, que acabou sendo apenas mencionado.


O enredo começa mesmo quando Cooper lê o diário de sua mulher e vê todas as noites quentes que ela teve com o ex-namorado, o que começa uma grande crise no casamento.


Sobre o desenvolvimento


A série foi criada por Stacy Rukeyser e é baseada em um livro chamado “4 homens em 44 capítulos”.
No que diz respeito às habilidades técnicas da série, não temos do que reclamar. A luz, o movimento de câmeras, a forma como é criada a tensão é, de certa forma, bem agradável aos olhos.


O que não salvou a série de dar grandes escorregadas. Apelando para o nu, cenas eróticas e muito abuso, a história não age como se fosse uma denuncia, mas sim, como algo relativizado e suavizado.

Infelizmente, a aposta saiu como outra narrativa que o telespectador pode estar cansado de ver, sem nenhuma nova introdução de assuntos relevantes como o relacionamento abusivo, que apesar de clichê, serviria para trazer algo de útil.


Também vale mencionar o episódio onde Billie e Cooper vão até uma festa onde o sexo reina e eles acabam tendo uma discussão absurda, na qual Cooper faz besteira e Billie se sente culpada.


Em uma segunda temporada, os criadores poderiam pegar certos nuances e transformá-los em mais, lembrando do peso que a história e seus personagens podem ter.

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