Alberto Olmo é o nome que tem dominado os trending topics nas últimas semanas. Seu trabalho mais recente, a adaptação da fanfic de sucesso “Má influência”, publicada no Wattpad pela autora TeenSpirit, rapidamente alcançou o Top 10 da Netflix em diversos países, incluindo o Brasil — onde o ator espanhol vem recebendo uma onda de carinho e ganhou uma grande visibilidade aqui.
Com uma base sólida no teatro, Olmo construiu sua carreira nos palcos antes de migrar para projetos na televisão e no cinema europeu. Mas foi com o streaming que sua imagem atravessou fronteiras e viralizou mundo afora. Em Má Influência, ele dá vida a Eros, um personagem marcado por traumas e silêncios: recém-saído da prisão, ele se vê obrigado a trabalhar como segurança de uma adolescente rica, em uma trama tensa e carregada de emoções contidas.
O ator tem chamado atenção e já virou tendência nas redes sociais. Fãs recriam cenas, produzem edits emocionantes e até imaginam tramas alternativas — como um romance fictício entre ele e Nicole Wallace, estrela espanhola e ícone da geração Z. O Brasil, como sempre, não ficou de fora: o público brasileiro tem sido uma das forças mais engajadas por trás do sucesso global do filme.
A seguir, Olmo fala sobre seu processo criativo, a construção emocional de Eros, o carinho inesperado dos fãs e o que podemos esperar dos seus próximos projetos.
Confira a entrevista completa abaixo:
Vamos começar pelo começo: sua base vem do teatro, mas sua carreira passou por televisão, cinema e agora um sucesso global no streaming. Em qual desses ambientes você sente que é mais testado como ator?
Alberto: Na verdade, eu me sinto confortável em todos esses ambientes, gostaria de fazer tudo — tanto cinema quanto teatro e séries.
Em seu novo projeto, Má Influência, o Eros é um personagem de poucas palavras, mas muita intensidade. Isso exigiu mais da sua construção física ou do seu controle emocional?
Alberto: Exige esforço de ambas as partes, mas é verdade que eu foco mais na moderação emocional deles, para entender como poderiam pensar na hora de tomar decisões.
Ainda falando sobre o personagem, ele mistura vulnerabilidade e brutalidade de forma muito humana. Como foi o seu processo para entender e viver esse personagem?
Alberto: O mais importante para mim era não cair em um clichê, porque o filme inteiro já é bastante clichê. A forma de trabalhar foi focada em pegar tudo de brutal que poderia ter um personagem que foi criado praticamente na rua, e unir isso com alguém que pudesse ter a sensibilidade de ver a dor dos outros a partir da própria.
Inclusive, não podemos deixar de mencionar que o filme chegou ao Top 10 da Netflix em vários países, inclusive no Brasil. Queremos saber: como você reagiu quando viu esse alcance global?
Alberto: É verdade que eu não esperava tanto alcance em tão pouco tempo, mas eu tinha certeza de que, especialmente na América do Sul, o filme iria funcionar muito bem. Minha reação foi de descrença e surpresa.
Entre as críticas, algumas observam que o seu personagem poderia ser mais bem explorado em termos de background. Se houvesse mais tempo ou espaço, o que você teria gostado de revelar sobre o Eros que ficou apenas subentendido?
Alberto: Não é que tudo relacionado ao Eros não se aprofunde muito no filme, é que o filme já começa dentro da prisão, e certas coisas que são as que constroem a personalidade de Eros não aparecem. Mas ainda assim, foi feito um trabalho interno para que todas essas circunstâncias estivessem dentro do personagem.
Nas redes, não são só elogios — os fãs também criam ‘universos paralelos’ com você. Já imaginaram você em comédia romântica, ação, até em outras adaptações de livros. Como você enxerga essa criatividade toda em cima da sua imagem como ator? Você acompanha esses edits?
Alberto: Acho muito engraçado e ao mesmo tempo isso é de muita ternura — no final das contas, são os fãs que fazem tudo isso acontecer, e muito obrigado. Eu vi algumas coisas porque algum amigo ou minha namorada me mostrou.
Você já se pegou revendo uma cena através de um edit e percebendo nuances sobre sua atuação que nem você tinha notado antes?
Alberto: Na verdade, não. Quando vejo essas edições, eu não fico pensando na interpretação, só em como é divertido. Haha
Preciso ser fiel aos seus fãs por um segundo: há uma campanha informal — mas barulhenta — nas redes pedindo um romance contemporâneo entre você e a Nicole Wallace. Como você lida com esse tipo de expectativa criativa? Você se vê nessa parceria, talvez sob a direção da Chloe novamente?
Alberto: Nicole é uma garota fantástica e uma excelente atriz. Com certeza, com o tempo — e se tudo continuar bem para ela e para mim —, a gente vai acabar se encontrando em algum projeto.
E mudando para futuros projetos, se você pudesse escolher livremente seu próximo papel, o que te desafiaria? Um vilão? Um filme histórico? Algo cômico?
Alberto: Eu adoraria qualquer um desses papéis, desde que eu goste do projeto. Gosto de fazer de tudo e, quanto mais distante de mim for o personagem, melhor.
Tem algum novo projeto já em andamento ou você está aproveitando esse momento antes de vir coisa nova por aí?
Alberto: Tive tempo para descansar, mas já estou preparando alguns personagens sobre os quais ainda não posso falar. E estou ansioso para que vocês vejam.
Os fãs brasileiros praticamente adotaram você! Já pensou em visitar o país? E como é ver esse carinho vindo de tão longe, de uma cultura tão diferente — mas tão calorosa?
Alberto: Adoraria visitar o Brasil, acho que deve ser lindo. Receber tanto amor de tão longe é algo que eu não imaginava e estou super feliz. Com certeza, quero visitar o país, tomara!
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