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Crítica | OUTER BANKS 3: A verdadeira caça ao tesouro

AVISO: ESTE TEXTO PODE CONTER SPOILERS DA 3° TEMPORADA DE OUTER BANKS

A terceira temporada de #OuterBanks chegou na última quinta-feira (23), na Netflix, e gerou uma divisão de opiniões. Tratada como uma das queridinhas do streaming, Outer Banks 3 consegue elevar suas técnicas de produção, assim como o time de marketing também conseguiu.

Além disso, os fãs vão continuar acompanhando a jornada dos Pogues em mais uma temporada – já que a quarta temporada está confirmada pela Netflix. No entanto, a terceira temporada é marcada por muitos erros e acertos por parte do roteiro, que insiste em manter o grupo de amigos em subgrupos e com menor interação do que nos anos anteriores.

A trama é iniciada pouco tempo após os amigos fugirem do barco de Ward (Chales Esten) e, como de costume, não existe descanso. O primeiros minutos na Poguelândia acaba sendo um dos únicos respiros que temos, afinal, a aventura não pode parar.

Mesmo com uma narrativa que sempre elevou a série a outro nível, ainda existem pequenos erros. Talvez o maior erro tenha sido um tempo de tela maior para personagens que retornam à vida, como foi o caso de Big John (Charles Halford), que ganha mais espaço em uma caça ao tesouro em particular com seu filho, John B (Chase Stokes).

Já se tratando de técnicas de filmagens, algumas movimentações de câmera podem incomodar os olhos mais aguçados. A repetição do uso de zoom para causar um impacto maior pode ter ido além do necessário.

Foto: Divulgação/Netflix

QUAIS FORAM OS ACERTOS?

Apesar disso, tivemos bons acertos na trama, que conseguiu intercalar o drama teen, problemas com familiares, suspense, missões e aliados inimagináveis, mantendo a atração que o público sempre teve com os personagens, que estão se tornando cada vez mais maduros.

Assim como nas antigas temporadas, os criadores não tem medo de ousar quando o assunto é trazer à tona os problemas internos de cada personagem. Foi exatamente dessa forma que entendemos como a Sarah (Madelyn Cline) estava se sentindo em determinado momento da história. Estreando sua narração em 2 episódios, a série deu espaço para os conflitos e decisões (talvez questionáveis) da antiga Kook. Questões essas que trazem ainda mais brilho para a atuação da atriz de 25 anos.

Outro acerto da série é mostrar ainda mais os conflitos e sede de poder de Rafe (Drew Starkey). Em determinados momentos é possível entender que o personagem é exatamente aquilo que ele sempre se mostrou ser: um grande Kook. E, não podemos deixar de falar sobre a atuação impecável de Drew, né?! Realmente o ator consegue transmitir para o publico o ódio, amor e remorso que o personagem sente em determinados momentos.

Também não poderíamos deixar de agradecer Madison Bailey por sua excelente performance como Kiara que, assim como Sarah, teve seus momentos de conflitos, principalmente com suas figuras paternas. Contudo, é claro que seus momentos com JJ (Rudy Pankow) roubaram a cena. Os fãs mais vorazes que esperam há 3 anos, tiveram um gosto adocicado, mesmo em tantos momentos de incertezas, tensões e ação, afinal, #Jiara passou por muito para, finalmente, fazer acontecer.

Foto: Divulgação/Netflix

E não tem como falarmos de casais bem desenvolvidos sem falar de Pope (Jonathan Daviss) e Cleo (Carlacia Grant) que, assim como Kie e JJ, entregaram um slow burn digno para os personagens. Mesmo com menor tempo de tela, a construção da amizade até o fim do clube “Sem amor” é marcada por companheirismo, tensões e, acima de tudo, lealdade. Achei eles extremamente fofos juntos! Com certeza acertaram nesse casal.

Um fim para um novo começo

Com um novo vilão para ser enfrentado, o grupo de amigos segue em uma viagem eletrizante e que nos traz o grande episódio 10. Sendo o melhor da temporada, a última hora devolve aquela paixão que os fãs tem sobre a grande caça ao tesouro de forma concisa, eficiente e estruturada.

Fomos capazes de acompanhar a história deste tesouro em uma visão um pouco desinteressante, já que ela rondava o arco entre pai e filho, mas o fim é de grande satisfação. Dessa forma, Outer Banks sai de sua zona de conforto para ter mais ousadia com sua trama (mesmo que no último episódio).

Ao final da temporada, há um salto temporal que nos mostra que a aventura não vai acabar. Com a próxima temporada confirmada, agora os criadores e roteiristas possuem uma missão: Não permitir que a série caia no óbvio e se repita, como já vimos acontecer em outras séries do streaming. Outer Banks nos deu a chance de explorar um gênero que já estava esgotado na televisão (a caça ao tesouro) e que aqui foi revitalizado e sem mudar muito sua fórmula.

Os 10 novos episódios já estão disponíveis na Netflix.

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