MÚSICA POP

“The Pinkprint”: 10 anos de um marco na carreira de Nicki Minaj e na música pop

O icônico The Pinkprint, de Nicki Minaj, completa uma década de lançamento, celebrando um marco na carreira da rapper. Considerado um dos álbuns mais decisivos de sua trajetória, o projeto não apenas consolidou Nicki como uma das maiores estrelas do rap feminino, mas também redefiniu o cenário da música pop. Com uma mistura de vulnerabilidade e inovação, The Pinkprint trouxe à tona temas pessoais e marcou o início de colaborações surpreendentes que influenciaram gerações de artistas.

O legado de The Pinkprint

Lançado em 15 de dezembro de 2014, The Pinkprint foi um ponto de virada na trajetória de Nicki Minaj. Após anos dominando as paradas com hits como “Super Bass” e colaborações com grandes nomes da música, o álbum trouxe à tona uma versão mais vulnerável e introspectiva de Nicki. Em vez de se limitar ao estilo agressivo e provocador de seu início, ela explorou uma gama mais ampla de emoções e estilos musicais, incluindo rap, R&B e até pop. O álbum marcou a transição de Nicki de um fenômeno pop para uma artista que poderia transitar entre diferentes gêneros e que sabia como se reinventar. Com The Pinkprint, Nicki não apenas reafirmou seu domínio sobre o cenário do hip-hop, mas também desafiou estereótipos sobre o rap feminino, sempre se destacando pela sua habilidade técnica, pela diversidade de temáticas e pela confiança que transmitia ao público.

O impacto de “Anaconda”

Impossível não conhecer o single “Anaconda”, uma das faixas mais emblemáticas da carreira da rapper, tanto pela sua batida icônica quanto pela ousada letra e videoclipe. A canção é uma amostra do famoso “Baby Got Back” de Sir Mix-a-Lot, de 1992, e a escolha dessa base icônica não foi por acaso. “Anaconda” não só resgata essa referência ao clássico do rap old school, mas também a subverte ao criar uma narrativa contemporânea que celebra o corpo feminino e, particularmente, a valorização das curvas, um tema recorrente na música e imagem de Nicki Minaj. Por mais que a música tenha gerado algumas controvérsias – especialmente por suas letras explícitas e a forma como retrata a sexualidade feminina, “Anaconda” é um exemplo perfeito de como Nicki usa sua música para desafiar normas sociais, romper tabus e não se importar com o que vão dizer.

Colaborações de peso e um marco com Beyoncé

Não podemos deixar de mencionar algumas das colaborações notáveis de The Pinkprint, como “Get On Your Knees” com Ariana Grande e “Truffle Butter” com Drake e Lil Wayne. Mas, sem dúvida, uma das parcerias mais marcantes do álbum é “Feeling Myself”, com a participação de Beyoncé. Essa colaboração não foi apenas um marco pela qualidade da música, mas também pela sua carga simbólica: duas mulheres no auge de suas carreiras, dominando as paradas e desafiando as estruturas de poder da indústria musical.

A química entre as duas foi evidente não apenas na música, mas também no videoclipe que a acompanhava, uma celebração de luxo, confiança e o prazer de se estar no controle da própria narrativa. A parceria com Beyoncé também ajudou a abrir caminho para futuras colaborações com grandes nomes do pop e do hip-hop, mostrando o poder de Nicki como uma artista que atravessa fronteiras e une gêneros musicais.

O lado pessoal e a vulnerabilidade de Nicki Minaj

Apesar de parecer durona, Minaj revelou um lado mais íntimo e vulnerável de sua vida, abrindo uma nova dimensão em sua música. Faixas como “The Crying Game”, onde ela reflete sobre o fim de um relacionamento, e “Grand Piano”, que expõe a dor da traição, trouxeram uma Nicki mais introspectiva e sensível, algo bem distante da persona ousada e poderosa que ela havia construído até então. Essas músicas mais suaves e emotivas pegaram os fãs de surpresa, mostrando uma faceta mais humana da rapper e quebrando a imagem de “durona”.

Também vale destacar que ao longo do álbum, Nicki explorou temas profundos e pessoais, como a perda da infância, o luto e suas lutas internas com a identidade. Além de se tornar um espaço de reflexão sobre sua trajetória, abordando os altos e baixos de sua ascensão ao estrelato. Inclusive, o álbum foi aclamado como um dos melhores de sua carreira e ajudou a consolidar sua imagem.

Esse é um lembrete do poder transformador da música quando uma artista se permite ser autêntica. Bora relembrar? Ouça abaixo:

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