Por: Larissa Ribeiro
Netflix
O segundo filme da trilogia de terror da Netflix, Rua do Medo: 1978 — Parte 2, chegou nesta sexta-feira (09) e já deixou algumas pessoas com opiniões mais diversas.
Diferente do primeiro filme, agora vimos o que aconteceu no massacre no acampamento Nightwing, em Shadyside, também causado pela bruxa Sarah Fier.
Logo no começo somos apresentados à C. Berman (Gillian Roberts), que é uma das sobreviventes do acampamento de 1978.
Deena (Kiana Madeira) e seu irmão Josh (Benjamin Flores Jr.) vão até a casa de Berman, para obter respostas de como ajudar Sam (Olivia Welch) que foi possuída no final do primeiro filme.
Assim, C. Berman conta para os irmãos o que aconteceu no verão de 1978 e iniciamos a história principal dessa segunda parte.
Sobre o enredo
O filme demora um pouco mais para começar a parte sangrenta, mas também não deixa de ter seus momentos mais vermelhos.
A história desse segundo filme ajuda o telespectador a entender melhor como funciona a maldição de Shadysiders. Mas antes, as irmãs Cindy (Rudd) e Ziggy Berman (Sadie Sink) enfrentam alguns problemas comuns para as adolescentes.
Ziggy é apresentada como a garota problema, que não tem medo de arrumar problemas até com os adolescentes mais chatos de Sunnyvale, que praticam bastante bullying com a garota.
Já Cindy é a garota que segue as regras, mas que vai tendo uma construção interessante ao decorrer que o perigo fica mais presente.
Cindy namora Tommy que, em determinado momento, acaba se tornando o assassino do machado. Interessante é que, no primeiro filme, não vemos o rosto do cara do machado, já que ele está com um pano na cabeça, que foi colocado por Ziggy em uma briga dos dois.
Essa segunda parte funciona bem também, mas diferente do primeiro filme, ele tem uma pegada mais sombria e com um suspense que em algumas partes, pode te fazer revirar o estômago ou ficar tão ansioso que as unhas vão embora.
Aqui vemos que as características dos slashers estão presentes, já que faz parte do gênero, porém, conseguimos perceber uma maturidade um pouco mais aflorada do que do primeiro filme, e bem menos tentativas de fazer algo engraçado misturado com terror.
Nesse longa, os assassinatos também são bem gráficos, se tratando de um cara com machado e que não vê problema em matar crianças e outros adolescentes com um machado na cabeça (Rip Simon), em determinados momentos é difícil engolir a pipoca.
E claro que não podemos esquecer do clichê de adolescentes se pegando e logo depois sendo mortos, ou do uso de drogas que também é bem presente.
Apesar de sabermos que uma irmã vai morrer, logo pensamos que Cindy seria a sobrevivente, mas o plot é bastante chocante quando descobrimos que, na verdade, Ziggy é a C. Berman.
Em comparação ao primeiro filme, esse tenta se levar mais a sério, e justamente por isso, não é muito fácil se apegar aos personagens, mas também não significa que não agrade o público, já que o maior objetivo é descobrir tudo sobre esse mistério que ronda Shadyside.
Deixando uma menção honrosa para a trilha sonora desse filme que está nostálgica. “Carry On Wayward Son”, hino inesquecível do Kansas, surge em dois momentos durante o longa.
Sobre o final
No final, vemos que C. Berman sabe onde está a mão da bruxa e que se juntá-la com os restos mortais que Deena e seus amigos acharam no primeiro filme, eles podem conseguir acabar com a maldição.
O problema é que Deena acaba sangrando e, assim como Sam, ela vê a bruxa e esse será o gancho para o próximo filme, já que ela se vê no corpo da bruxa quando está prestes a cortar a mão.
O terceiro e último filme vai se passar na época que Sarah Fier estava viva e vemos que os atores dos dois filmes anteriores vão voltar para a terceira parte para resolver de vez esse mistério.
Claro que Rua do Medo: 1978 — Parte 2 não é totalmente perfeito, tem alguns furos que são perceptíveis, mas não se preocupe, isso não estraga a diversão e nem deixa o sua curiosidade cair dentro de uma cova.
O último filme da trilogia Rua do Medo: 1666 — Parte 3 chega na Netflix na próxima sexta-feira (16) e promete fechar a série de terror com chave de ouro.
