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Crítica – Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

ATENÇÃO: Esta publicação contém spoilers de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”!

Na última semana, os fãs puderam (finalmente) sentir o gostinho mais gracioso do multiverso, que vem sendo aos poucos introduzido nas produções Marvel. Doutor Estranho no Multiverso da Loucura estreou com 77% de aprovação no site Rotten Tomatos, mas não foi somente isso que chamou atenção.

Investindo pesado em uma narrativa de que o multiverso realmente foi escancarado para os fãs, Sam Raimi conseguiu realmente tirar leite de pedra. Isso porque o roteiro buscou, sem se dar o trabalho de esconder, saídas fáceis e sem muitas explicações para a aventura de Dr. Strange (Benedict Cumberbatch), Wanda (Elizabeth Olsen) e America Chavez (Xochitl Gomez).

Claro que, a frustração de muitos dos fãs se deve a promessa de que esta nova sequência seria um acontecimento digno de momentos épicos e que nos levariam à euforia, como foi em Homem-aranha: Sem Volta para Casa. Os trailers divulgados com muitas cenas “inéditas” podem ser a real causa dessa sensação.

No entanto, é inegável que a aparição do Professor X. (Patrick Stewart) nos trouxe um gostinho do que é juntar o universo Marvel, contudo, essa surpresa poderia ser mais satisfatória se realmente os telespectadores fossem surpreendidos por tal feito.

Além disso, as soluções em momentos de tensão ou até mesmo a espera pelo perigo (típico de personagens de filmes de terror – já falaremos sobre isso) é de um feito amador, afinal, pensar que grandes heróis podem errar, é aceitável, mas realmente cometer esse tipo de deslize, não é algo que muitos consigam engolir facilmente.

Não podemos, claro, colocar apenas esses deslizes na conta dos roteiristas. Apesar de possuírem grande culpa, a direção que também não consumiu outras grandes obras da Marvel, acabou deixando passar algumas situações que poderiam ser evitadas ou até mesmo, melhoradas.

Apesar de todos os pontos que citamos acima, não podemos negar que visualmente Raimi deu o nome. Com elementos de terror como o jumpscare, uma imagem com maior contraste e um pé no gore, essa nova aventura de Dr. Strange não decepciona e se encaixa perfeitamente na história que conta.

Benedict Cumberbatch retorna ao seu papel e traz consigo aquela arrogância e piadinhas que beiram o deboche, tão característico de Strange. Apesar disso, conseguimos olhar um pouco mais fundo nessa camada, vendo que a diferença que essa versão nos mostra, é única.

Elizabeth Olsen também não fica para trás e dá um show de atuação, principalmente quando é necessário mostrar quem é a Feiticeira Escarlate. Contudo, novamente o roteiro não ajudou muito a sua trajetória durante as 2 horas de filme, mas ainda assim, Olsen consegue sair com saldo bastante positivo.

Num geral, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é um filme divertido e com uma identidade única, apesar dos problemas que enfrenta no roteiro, ainda pode-se chamar de um acontecimento digno de Marvel Studios.

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