ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS DA 4 TEMPORADA DE STRANGER THINHGS!
Na última sexta-feira o mundo parou para assistir os episódios finais da 4 temporada de Stranger Things. Sendo o atual sucesso da Netflix, o início do fim foi marcado com alguns tropeços, mas que no final, se sobressai com a sua essência, sendo a mesma a qual conhecemos em 2016.
Talvez o grande problema tenha sido o excesso de estratégias do roteiro para incluir narrativas mais lentas e com mais imprevistos, fazendo atrasar o grande final.
Alguns pontos como a falta de lógica para certas situações, como agilizar o retorno de Hopper (David Harbour), Joyce (Winona Ryder) e Murray (Brett Gelman), ou talvez dar mais emoção para o arco dos personagens da Califórnia. O roteiro encontrou pontas para se amarrar e atrasar mais o que poderia ter sido rápido, simples e talvez mais satisfatório.
Outro ponto de atenção que vale ser mencionado é o desfoco dado ao até então ponto fundamental e que protagonizou o início da história: Will (Noah Schnapp). Apesar de ter o seu momento sensível e para brilhar, o roteiro caminha num local menos direto. Isso não quer dizer insatisfatório, mas para toda a sua antiga importância, a falta de aprofundamento nessas questões deixou um pouco a desejar. Toda a revelação e a sensibilidade de Jonathan (Charlie Heaton) foi uma das cenas mais lindas deste segundo volume.
Mas não são apenas de ressalvas que Stranger Things vive. Como dissemos no início, a série consegue se sobressair e tem um saldo positivo. Apesar dos Duffer Brothers não terem entregado a “contagem de corpos” que foi-se esperado, eles oferecem mais desde universo que tanto sentimos falta.
É inegável que o arco de Hawkins é o favorito do grande público. Em especial, citamos Max (Sadie Sink) e Eddie (Joseph Quinn), que protagonizaram as cenas mais impactantes de toda a temporada. Sadie retorna com feridas que voltam a assombrar e, no momento final, a voz de Kate Bush faz jus ao impacto que toda a cena causa.
Já Eddie vem como a figura carismática que, junto com Dustin (Gaten Matarazzo), formam outra dupla que queremos apenas ver mais e mais. Além da cena da guitarra, ambos protagonizaram cenas divertidas de assistir e que com toda certeza, os fãs lembrarão com todo amor que Eddie sentiu por Dustin. Steve (Joe Keery) e Robin (Maya Hawke) não ficam para trás nesse momento. Até mesmo os conflitos internos de Nancy (Natalia Dyer) sobre relacionamentos é instigante de assistir.
O vilão, protagonizado por Jamie Campbell Bower é a cereja do bolo. Sendo cruel, sem qualquer tipo de escrúpulos e odiado, ele traz o que os antigos não trouxeram: uma mente pensante. De fato sua luta com Eleven (Millie Bobby Brown) traz consigo um frescor de agonia e grandeza, mesmo quando já entendemos qual será o desfecho de tudo isso.
Dentre tantos tropeços e acertos, Stranger Things 4 não decepciona, apenas nos dá um gostinho mais amargo de sua história, que assim como seus personagens, cresceram e viveram tempos mais sombrios do que quando apenas crianças.
Os volumes 1 e 2 já estão disponíveis na Netflix!
